terça-feira, 21 de junho de 2016


YULE
Hemisfério norte: 21 ou 22 de Dezembro
Hemisfério sul: 21 de Junho
Cores: Vermelho, verde, dourado e branco

Também conhecido como "Midwinter" este Sabbat marca o Solstício de Inverno, a data em que o período do dia é o menor do ano e a noite é a mais longa. Neste período a Deusa dá a luz ao novo Deus Sol. Em diversas culturas o nascimento do novo Deus é marcado próximo a esta data, sendo mais conhecida por nossa cultura ocidental como o nascimento de Jesus e o Natal.
Em Yule a Deusa ainda está em sua fase de anciã e triste, com a perda do Deus sol. Porém isto não a impede de dar a luz ao novo Deus sol que, em breve, irá fertilizá-la novamente e trará a alegria de volta à sua vida.

Yule e o retorno da luz
Este Sabbat é considerado o retorno da luz. Uma vez que tudo ficou escuro com a morte do Deus em Samhain, o renascimento do Deus Sol em Yule é o sinal de que em breve o inverno irá embora e de que uma nova fase de alegrias está se aproximando novamente: a primavera! Para celebrar o nascimento do Deus Sol, as árvores cobertas de neve eram decoradas com velas, presentes, comidas e bolas coloridas que simbolizavam a fertilidade do Deus. No topo da árvore costumavam colocar o mais comum símbolo pagão: o pentagrama.
Isto soa comum? Sem dúvidas. Com a cristianização dos povos Celtas e pagãos, estes costumes foram readaptados para a história de Jesus Cristo. Aqui pelo Brasil, quem nunca questionou o porquê do Natal ter símbolos como pinheiros, neve e bolas coloridas? Não faz o menor sentido para nós (e nem para a igreja, sejamos francos)!
Em Yule o destaque da celebração é o Deus, pois ele está renascendo a trazendo de volta sua energia e luz. Com isto a Deusa, que ainda está em sua fase anciã, voltará a sorrir e retornará à sua fase de donzela.
Em Yule ocorre uma batalha entre duas faces do Deus Sol que está renascendo. O Rei do Azevinho (escuridão), reinando desde Litha, o Solstício de Verão, confronta novamente o Rei do Carvalho (luz). Nesta batalha o Rei do Carvalho é vencedor e isto indica que, a partir deste momento, o Sol ficará mais forte a cada dia até atingir seu apogeu em Litha.

Yule e a natureza
Para sobreviverem e serem protegidos durante o inverno, era bastante comum durante a celebração de Yule que árvores fossem levadas para dentro de casa com o intuito de oferecer abrigo aos Espíritos da Natureza. Estas árvores eram enfeitadas. Os presentes eram oferecidos aos Espíritos, comidas eram oferecidas aos animais que tinham dificuldade de encontrar alimento por causa do frio extremo e, portanto, a proteção era mútua: as árvores ficam em um local aconchegante, enfeitadas e protegidas do frio e as famílias eram abençoadas e protegidas pelos próprios Espíritos da Natureza.
Durante este Sabbat o ideal é celebrar a vida e comemorar o renascimento do Deus Sol, para que o inverno não seja tão duro. Danças, muita música e comidas são dedicadas ao Deus recém nascido.
Simbolizando o sêmen do Deus, o visco é bastante utilizado na decoração da Árvore, da Tora de Yule e da casa. Também é o utilizado o azevinho, representando a Deusa.

Texto extraído em:

Para comemorar
Uma das formas de se comemorar era preparar a Yule Log (Tora de Yule) que é decorar uma tora (geralmente de carvalho) e decora-la com folhas e frutinhas de visco (vermelhas), fitas verdes e vermelhas e velas das mesmas cores (duas verdes e uma vermelha ao centro), sendo que as verdes simbolizam o Deus (um de seus nomes é Green Man) e as vermelhas simbolizam a Deusa.

Outra forma, até mais divertida e talvez apropriada aos nossos dias, é fazer um bolo (pode ser um rocambole de chocolate) e decora-lo como que imitando uma tora de arvore. 

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